Capelas e Igrejas

Capelas e Igrejas


No imaginário da população católica da cidade e da região, costuma-se atribuir o nome da Igreja e o culto à Nossa Senhora da Boa Viagem devido a sua localização, isto é, próxima à ponte e ao Rio Gravataí. Porém, este culto foi trazido pelos primeiros colonizadores açorianos (Família Batista) da cidade, que na época era ainda Porto Alegre e depois tornaría-se Gravataí. 

O culto à Nossa Senhora da Boa Viagem remonta ao século XVI no arquipélago dos Açores. Na Ilha de São Miguel, a Igreja de Nossa Senhora da Boa Viagem teve sua edificação ordenada em 15 de março de 1595 em testamento do Grão Capitão Francisco do Rego e Sá; posteriormente, edificou-se outra igreja na Ilha de Santa Maria.

O Coronel João Baptista Soares da Silveira e Souza Sobrinho doou o terreno e solicitou a os seus familiares que construíssem a capela da Nossa Senhora da Boa Viagem. Em 4 de novembro de 1932, realizou-se uma festa para o assentamento da pedra fundamental. A construção foi custeada pelas festas realizadas pela própria comunidade. 

A imagem de Nossa Senhora dos Navegantes doada para a Igreja Nossa Senhora dos Anjos pelo Coronel Frederico Linck, em 1926, foi trazida em uma grandiosa procissão comandada pelo Padre Wagner para nova capela em 1934. Contudo, a autorização de funcionamento foi concedida apenas no dia 31 de dezembro de 1938 pelo Arcebispo Metropolitano Dom João Becker. 

Em 30 de dezembro de 1955, o Arcebispo Metropolitano Dom Vicente Scherer, determinou a criação da segunda paróquia do município de Gravataí, assim, a Igreja São Vicente de Paulo foi desmembrada da Paróquia Nossa Senhora dos Anjos. Com isso, o Padre Pedro Wagner deixou de atender à Capela da Boa Viagem. Em 2 de fevereiro de 1958, assumiu a Paróquia São Vicente de Paulo o Padre Luiz Frederico Jeremias, onde permaneceu até 16 de janeiro de 1966. Padre Jeremias atendia também a Capela Nossa Senhora da Boa Viagem, a qual foi transformada em paróquia somente no dia 23 de fevereiro de 1972.

A Capela da Nossa Senhora da Boa Viagem não comportava o crescente número de fiéis na região e as celebrações dependiam da disponibilidade do pároco da Igreja Nossa Senhora dos Anjos, por isso, os moradores se reuniram com a presença do Cônego Pedro Wagner, no Salão Danúbio Azul para formar uma comissão, visando angariar fundos para construção da igreja local. 

Cônego Pedro Wagner doou o terreno de sua propriedade, onde a primeira missa campal foi realizada no dia 25 de novembro de 1951 e a Igreja São Vicente de Paulo foi construída. A segunda missa foi celebrada no Salão Danúbio Azul no dia 30 de março de 1952. 

Com o dinheiro arrecadado da primeira festa e as contribuições dos moradores iniciaram as obras. Em 30 de dezembro de 1955, o Arcebispo Metropolitano Dom Vicente Scherer, institui a Igreja São Vicente de Paulo como primeira paróquia da região, assumindo o Padre Pedro Hugo Hort. Em 1º de janeiro de 1956, a paróquia novamente trocou de pároco com a chegada do Padre João Walter Giehl. 

O Padre João com seu dinamismo e arrojo construiu o espaçoso prédio para o colégio paroquial e a casa canônica, e ainda cercou todo o terreno da Igreja e conseguiu a extensão da rede elétrica pela rua Cel. Batista Soares. Todos estes empreendimentos tiveram a colaboração dos moradores e da Prefeitura Municipal.